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  • Foto do escritorPaçoca Psicodélica

As Escolhas de Bolsonaro - M. Santos

Tem gente tirando a responsabilidade de Bolsonaro e jogando nas costas dos trabalhadores dizendo que as pessoas *escolhem* não ficar em quarentena. *Escolhem* não fazer a sua parte. *Escolhem* descumprir o isolamento.


Vamos falar sobre escolhas. Uma escolha real pressupõe informações e alternativas.


Bolsonaro todos os dias faz escolhas reais. Ele tem poder político, social e econômico, enquanto presidente de um país, o mais alto cargo representativo, para fazer escolhas.

Ele têm informações, enquanto presidente que é informado por órgãos regionais, nacionais e internacionais e possibilidades de fazer escolhas – e as escolhas que ele faz afetam a vida de todas as outras pessoas. Muitas dessas pessoas não têm escolhas senão acatar ou lidar com a realidade impactada pelas escolhas políticas do presidente.


Quais têm sido as escolhas de Bolsonaro?


Bolsonaro escolhe ativamente espalhar desinformação: dizer que o vírus é uma gripezinha, dizer que é uma invenção da mídia, que é um plano conspiracionista da China comunista (que ano passado ele disse ser um país capitalista, mas isso é outra história).


Bolsonaro escolhe ativamente participar de atos de aglomeração social sem máscara, sem qualquer cuidado, quando todos os órgãos competentes recomendam isolamento e distanciamento social, além de cuidados de higiene. Ou seja, ele escolheu ativamente dar exemplo de descumprimento das orientações de precaução do contágio.


Bolsonaro escolheu ativamente não fazer nada. Decidiu ativamente não dar orientação federal, enquanto governo, para o isolamento nacional.


Bolsonaro escolheu ativamente e conscientemente deixar a responsabilidade para governos estaduais e autoridades municipais – porque ele sabe SIM da letalidade e alto contágio do vírus, portanto sabe que as mortes aconteceriam, que a recessão econômica era inevitável e, assim, deixando a responsabilidade para governadores e prefeitos, joga a culpa para eles e se blinda da responsabilidade enquanto presidente e representante de todos.


Bolsonaro escolheu ativamente NÃO TAXAR BILIONÁRIOS, mas congelar o salário dos trabalhadores e trabalhadoras, dos servidores, e revogar a Lei do Acesso à Informação.

Ao fazer essas escolhas, Bolsonaro deixou os trabalhadores e trabalhadoras ao Deus dará. Como não há uma orientação nacional de isolamento e fechamento do comércio e serviços não-essenciais, os trabalhadores NÃO PODEM ESCOLHER fazer isolamento e se previnir e previnir a sua família.


Porque escolher NÃO IR AO TRABALHO é escolher NÃO TER TRABALHO. NÃO TER DINHEIRO. E não ter dinheiro é não ter comida, não ter casa, não ter água, ver os filhos passar fome e esperar ser mandado pra rua.


Se a alternativa é fome e desabrigo, isso não é uma escolha. Não há alternativas reais.


Se não há informações fidedignas, porque o GOVERNO FEDERAL, sob orientação de Bolsonaro, ESCOLHEU ATIVAMENTE ridicularizar informações científicas de nível nacional e internacionais sobre o vírus, o contágio e a letalidade. Escolheu ativamente ocultar informações – e registrou isso em lei.


Se não há informações, o trabalhador e a trabalhadora não fazem escolhas reais.


Se não há alternativas, o trabalhador e a trabalhadora no Brasil não fazem escolhas reais.


Bolsonaro tem condições de fazer escolhas.

E ele não escolheu proteger a população.

Ele não escolheu a vida do povo no Brasil.

Ele não escolheu evidências científicas.


Ele escolheu sacrificar a população.




M. Santos. Cuiabá, Brasil.

20. 04.2020

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